Em um ano marcado por eventos inesperados, o primeiro semestre de 2025 trouxe à tona uma realidade alarmante para os investidores de criptomoedas. De acordo com o Hack3d Report da Certik, hackers conseguiram roubar mais de $2,47 bilhões em criptomoedas. Esse número não só supera o total do ano anterior de $2,42 bilhões, como destaca a urgência de uma discussão sobre segurança nesse mercado tão volátil. Neste artigo, exploraremos os detalhes por trás desses números impressionantes, analisando as principais causas, os incidentes mais significativos e as lições que o setor deve levar a sério.
Impacto das Principais Invasões
Dentre os incidentes mais impactantes, destacam-se o breach da Bybit e a exploração do Cetus Protocol, que juntos resultaram em $1,78 bilhão em perdas. Essas ocorrências não apenas chamaram a atenção para a vulnerabilidade dos sistemas, mas também ressaltaram a necessidade de um reforço nas práticas de segurança.
Abuso de Carteiras: O Vetor de Ataque Principal
Um levantamento dos dados revela que a maioria das perdas, cerca de $1,7 bilhão, pode ser atribuída ao compromisso de carteiras. Este tipo de ataque permanece sendo um dos mais comuns no espaço das criptomoedas. Os hackers exploram falhas de segurança nas carteiras, obtendo acesso a ativos sem o consentimento dos proprietários. A natureza descentralizada das criptomoedas pode, por vezes, tornar a recuperação dessas perdas extremamente desafiadora.
Phishing: Um Perigo Persistente
Além das invasões direcionadas, o phishing continua sendo uma técnica muito utilizada pelos criminosos. Com mais de $410 milhões perdidos em 132 incidentes, essa abordagem mostra que a engenharia social ainda representa um risco significativo.
“Phishing é uma técnica que permite roubar informações sensíveis como senhas e credenciais em troca de promessas enganosas”, explica um especialista em segurança.
Isso ressalta a importância da conscientização entre os usuários sobre como manter suas informações seguras.
Redução das Perdas no Segundo Trimestre
Embora os dados iniciais possam parecer alarmantes, é reconfortante observar que o segundo trimestre de 2025 registrou uma redução de 52% nas perdas, totalizando $801 milhões. Isso demonstra que o setor está efetivamente aprendendo com os erros do passado e implementando medidas mais rigorosas para prevenir novos ataques, embora ainda haja muito a fazer.
Onde Ocorrem as Maiorias das Quebras?
Uma análise dos dados sobre os hacks revela que a plataforma Ethereum foi a mais afetada, com um total de $1,5 bilhão perdido ao longo de 164 incidentes. Em contrapartida, o Bitcoin segue como um alvo menos frequente, registrando $373 milhões perdidos em apenas 10 incidentes. Esta discrepância pode ser atribuída às diferenças nas arquiteturas de segurança entre as duas blockchains.
Conclusão e Reflexões Finais
O relatório da Certik serve como um alerta vívido para todos os investidores e desenvolvedores no espaço das criptomoedas. Apesar da diminuição nas perdas no segundo trimestre, a indústria ainda enfrenta enormes desafios quando se trata de segurança.
“Ainda há muito trabalho a ser feito”, reafirma Ronghui Gu, cofundador da Certik.
A conscientização e a preparação são essenciais para mitigar riscos futuros. Investidores devem permanecer vigilantes e informados, enquanto o setor precisa continuar evoluindo para se proteger contra novas ameaças. Revisar práticas de segurança e educar a comunidade pode ser a chave para um futuro mais seguro nas criptomoedas.















